quinta-feira, fevereiro 7


"Comme l' imagination a créé le monde , elle le gouverne"

“A multitude of small delights constitute happiness” 
― Charles Baudelaire

sexta-feira, janeiro 25

Melhorar

Como pode uma mulher esquecer todos os sonhos que teve para uma futura família e ficar-se com alguém que só garante um ínfima parte dos esquecidos sonhos em detrimento de razões tão superficiais como aspecto ou posição social?
Crescemos cientes de que algo nos falta e nos (devia) podia ter sido dado. A dada altura percebemos que fizeram o melhor que podiam por nós mas, daqui, não tomamos a decisão de tentar fazer ainda melhor, recordando o que nos fez sofrer, e ficamo-nos pela mesma situação.
Ao crescer sentia-me assim, desalentado como muitos outros, mas percebi, finalmente, que os meus exemplos eram extraordinários e que, de facto, o leque de possibilidades que me deram, mesmo que tardio, é vasto e bastante precioso até.
Aprender - adaptar - subsistir!
Desde há muito que abraço todo e qualquer conhecimento porque:
1. não ocupa lugar (embora empurre outro para o esquecimento - esperemos que o filtro funcione o melhor possível...) e
2. é a melhor maneira de viver a vida: quanto mais abrangente é a possibilidade, mais variada e completa se torna, desde que se seja capaz de fazer uma opção de entre todas as que se apresentam.
A frieza aparente do método não é, de todo, presente e facilmente se percebe que a gratificação de viver por esse lema pode tornar-se compensadora a um nível astronómico. Como? Aplicando o conhecimento para ajudar quem precisa; aqueles que, por vários motivos, não tiveram a oportunidade que nos foi dada e, consequentemente, não poderão nunca retirar dos ensinamentos tidos os privilégios que lhes podemos oferecer ou, pelo menos, não tão facilmente ou na mesma escala.
E todos precisamos de algum tipo de ajuda. A amizade, por exemplo, é, em parte também, o reflexo dessa necessidade inerente que temos de apoio (aqui com compensações espectaculares que resultam do apoio mútuo que é normal nessa interacção) e até as sociedades se fundam nesse facto: facilitar e garantir o preenchimento de necessidades tão diversas como os indivíduos que as integram.
O que me leva à ideia principal: garantir diversidade durante o crescimento de uma família.
O caminho mais fácil é conseguir ter dinheiro para garantir as melhores escolas, etc... mas que, além de ser conseguido por várias metodologias menos respeitosas, prejudicando, muitas vezes, o próximo em vez de ajudar, não é o mais gratificante, definitivamente!
O mais gratificante é aquele em que todas (ou a maioria) das experiências de aprendizagem da nossa família partem de nós, connosco, para eles.
Se preferem alguém que gosta mesmo é de ver a bola ou manipular-vos para conseguir ser dispensado de tarefas com desculpas esfarrapadas, aleatoriamente retirando estes exemplos de entre um rol infindável que é a cartilha pela qual a maioria dos homens vive.... então estou como diz a cantiga: vocês é que sabem!